quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Cafajeste 2#

Não tenho muitas histórias a contar sobre esse. Não tive muito tempo.
Ele parecia perfeito: publicitario, escritor, portador de uma beleza nada óbvia.
Enlouqueci. Até o dia em que me beijou na teste e disse baixinho no ouvido:
- Eu quase te amo.
E ai foi como se o cristal se quebrasse, a bolha de sabão cor-de-rosa explodisse, e todos os "sses" que se acabam em questão de segundos.
Quase? Quase? E eu lá sou mulher de quase? Parti, sumi, desapareci.
Ou ama, ou não ama, de coisas pela metade já basta a barra de chocolate que eu deixei em casa.

domingo, 28 de agosto de 2011

Cafajeste #1

Eu acho que mesmo fazendo um ano que não vejo mais ele (da forma como eu gostaria de ver), merece ser o primeiro. Porque durante todo esse tempo sempre senti falta dele, mesmo que eu não o ame mais, ou talvez nunca tenha amado.

Nós tivemos quase doze meses de um relacionamento imoral. Imoral pros outros, porque pra mim parecia ser a coisa mais certa do mundo, tirando a parte em que ele tinha uma namorada. Eu tentei resistir, mas como dizem por ai a carne é fraca.
Ele não tinha nenhuma das qualidades que me chamavam a atenção. Até resolver que eu seria "dele". Paixão quente, ardia. De não conseguir ficar perto sem tocar, beijar, apertar. Ele olhava pra mim e parecia conseguir enxergar por de trás de toda a roupa, de toda a carne, de todos os músculos, de tudo.
Todos os outros caras que eu conheci em um ano - e não foram poucos - não conseguiram me ver como ele viu.
E quando acabou, eu sabia que nunca mais ia conseguir juntar os pedaços de mim. Dane-se, minha versão despedaçada é muito melhor. Me viciei em outros melhores que ele temporariamente, e agora sou essa que vos escreve.
Não há raiva, nem arrependimentos. Ás vezes saudade, e só.   



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Explicações

Eu não sei bem em que época da minha vida isso começou a acontecer, só sei que é assim desde sempre.

Vou fazer deste blog básicamente um diário da mulher louca e viciada em cafajestes que sou. E sei que muitas de vocês são também.

Acredito que em partes, amamos tanto essa "raça" porque somos o que eles chamariam de mulheres cafajestes. Tentem se lembrar de quantos corações de bons partidos vocês ja quebraram, eu quebrei vários e sem o menor pingo de peso na consciência.
Alguns dizem que se trata de masquismo sentimental. Cansei de contar as vezes que já me falaram "Mas você também hein. Gosta de sofrer". É claro que eu não gosto de sofrer, é só que a satisfação de cada um é diferente. A minha por exemplo vai totalmente no rumo contrário das coisas calmas e rotineiras. E o que o, "bons partidos", tem a oferecer? Justamente Calmaria.

O que farei aqui é pasar longe desse tipinho calmo. Lhes darei detalhes dos cafajestes que têm acabado com a minha vida. E talvez, hora ou outra, das vidas que acabei por aí.